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Depois de Cusco e Maximo Laura - Ainda no avião

Depois de Cusco e Maximo Laura Ainda no avião Eu não quero gostar do meu emprego, achei o motivo: não me deixa ser plenamente, é cheio de “se”s e “não pode”, “tem de”. O fato é que não gosto. Depois de outra vida intensa, fica a vontade de não voltar, eu poderia nunca mais voltar, não sentiria falta nenhuma, de nada. Volto é para as pessoas, para os sonhos sem fim. A agrura desértica da justiça, do “é assim, vamos nos contentar”, me dá ódio. Não quero me reacostumar agora q vi de longe. Mas não me convenço. Minha voz é errante. A falta é dele, da risada dos que amo, da descoberta. Por enquanto, não tenho casa, a perdi junto com o sonho de ser sem tantas amarras e “se”s.  Não se conforme! Não se conforme! Seja todo o potencial e veja uma outra realidade que já começa a se formar.

Amor conjugal

O amor conjugal Amor conjuga, junta, não deixa só.  O amor que sinto por alguém com quem acabei de cruzar na vida. Encontros fluidos. Desenvolvimento potente, de si, consigo e com o outro. Junto. Era pra ser. Dá pra ser! Não dá com o movimento pendular do amor romântico: fantasio. Espero... consigo! É lindo! É meu! Continua! Continua! Perdura a qualquer custo! Depende! Magoa! Impede! Conforma! Insegurança que traz infelicidade. Infelicidade que traz insegurança. Por outro lado, encontro… coragem de ser…  ser vulnerável. Lembrar que a vida tem rumos para além daquela passagem, lembrar que aquilo é passagem. Estou só, se espero companhias. E tenho escolha. Ser humano tem tendência à escravidão. As noções de passado e futuro aprisionam. O presente é aprendizado. É insuportável? Pelas sensações mais fortes é que o presente chama. É pelas sensações mais fortes que logo depois o passado e o futuro são mais aconchegantes. O amor deturpado tem muito de passado e muit

Capacidade a mais?

Alguns ambientalistas entendem que a capacidade humana de criar, simbolizar (pensar em algo que não existe concretamente e construir relações e objetos fora da nossa instintividade) é fator que nos afasta do fluxo natural, da energia universal. As outras espécias animais, nessa lógica, têm muitas capacidades que não enxergamos, como a capacidade de integração com a natureza, uma sabedoria instintiva, amor, criação  e simbolização até! Mas então porque são subjugados por nós? Somos passageiros? Os ciclos terrestres estão apenas esperando o nosso fim? E o sofrimento animal que causamos?! É inecraditável viver! Para mim, os seres humanos, assim.como.outros animas são dotas de capacidades diversas, de a habilidade de criar, de sonhar com o impossível e realizar, não imagino que outras espécies tenham exatamente essa capacidade... Mas concordo que é uma potência adormecida, que utilizamos em larga escala para fazer sofrer e por vezes para nos desenvolver.

Meu corpo e eu

Judith Butler discorre sobre o impacto que as nossas interpretações do corpo tem sobre sua materialidade, de como, em certa medida, o corpo é modificado por este olhar. Cai por terra a ideia de que biologia é destino. Meu destino, dentre tantas escolhas/interpretações que fiz para o meu corpo, foi ter uma convulsão, durante a qual não tive consciência nenhuma. Fiz exames, não acharam causa, mas há tratamento alopático para evitar novo apagão. Quis interpretar: estava pedindo demais do meu corpo? Foi um aviso a la Don Juan, de Carlos Castaneda, como se fosse um chamado ao desenvolvimento? Foi acaso? É muito recente. Não sei ainda como interpretarei o evento. Mas uma coisa percebo já: meu Eu (q inclui consciência e inconsciência) está brigado com meu corpo, como que recentido pela rasteira. Paciência e tempo.

o porquê do título

O blog surge da vontade de escrever sobre algumas reflexões que permeiam as arestas necessárias (ou não) à convivência em sociedade e ao desenvolvimento humano. Minhas reflexões apontam, assim como Regina Navarro já disse, que as regras/limites excedem o necessário e fazem sofrer. Por exemplo, acho violenta a imposição da heterossexualidade, de que devemos limitar nosso afeto ao outro sexo. Porque, sim, é uma imposição massiva, educação de todos os dias!!! A espera do amor da vida, a ausência de educação sexual para meninas; a ideia do menino que "vai ser pegador" e que deve se masturbar olhando fotos de mulheres nuas (enquanto às meninas, a proibição total da masturbação). A sexualidade é muito mais do que isso! É toque, é troca e desenvolvimento de afeto. E quanto mais estudo, menos compreendo a importância de uma educação para a heterossexualidade-e-se-não-der-tudo-bem-ser-gay. Então é sobre isso tudo.